quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Gregório de Matos

Gregório de Matos

Gregório de Matos Guerra era o terceiro filho de um fidalgo português, estabelecido no Recôncavo bahiano como senhor de engenho, e de uma brasileira. Ao contrário dos irmãos mais velhos que não se adequaram aos estudos e dedicaram a ajudar o pai na fazenda, Gregório recebeu instrução na infância e adolescência e foi enviado para a Universidade de Coimbra, onde bacharelou-se em direito.
Teria sido juiz do Cível, de Crime e de Órfãos em Lisboa durante muitos anos. Na Corte portuguesa, envolveu-se na vida literária que deixava o maneirismo camoniano e atingia o barroco, seguindo as influências espanholas de Gôngora e Quevedo. Por essa ocasião, teria também casado e tido acesso ao rei Pedro 2o, de quem ganhou simpatia e favores.
Sua sorte, porém, mudou bruscamente. Enviuvou e caiu em desgraça com o rei, segundo alguns biógrafos, por intriga de alguém ridicularizado em um de seus poemas satíricos. Acabou retornando à Bahia em 1681, a princípio trabalhando para o Arcebispo, como tesoureiro-mór, mas logo desligado de suas funções.
Casou-se, então, com Maria dos Povos, a quem dedicou um de seus sonetos mais famosos. Vendeu as terras que recebera de herança e, segundo consta, guardou o dinheiro num saco no canto da casa, gastando-o à vontade e sem fazer economia. Ao mesmo tempo, tratou de exercer a advocacia, escrevendo argumentações judiciais em versos.
A certa altura, resolveu abandonar tudo e saiu pelo Recôncavo como cantador itinerante, convivendo com o povo, freqüentando as festas populares, banqueteando-se sempre que convidado. É nessa época que se avoluma sua obra satírica (inclusive erótico-obscena) que iria lhe valer o apelido de "Boca do Inferno". Mas foi a crítica política à corrupção e o arremedo aos fidalgos locais que resultaram em sua deportação para Angola.

De lá, só pôde retornar em 1695, com a condição de se estabelecer em Pernambuco e não na Bahia, além de evitar as sátiras. Segundo os estudiosos, nesses momentos finais de vida, tornou-se mais devoto e deu vazão à poesia religiosa, em que pede perdão a Deus por seus pecados. Morreu em data incerta no ano seguinte.
Vale lembrar que a fama de Gregório de Matos - um dos grandes poetas barrocos não só do Brasil, mas da língua portuguesa - é devida a uma obra efetivamente sólida, em que o autor soube manejar os cânones da época, seja de modo erudito em poemas líricos de cunho filosófico e religioso, seja na obra satírica de cunho popularesco. O virtuosismo estilístico de Gregório de Matos não encontra um rival a altura na poesia portuguesa do mesmo período.

Principais obras:

-Á mesma Dº Ângela
À mesma d. Ângela
Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós, se uniformara:

Quem vira uma tal flor, que a não cortara,
De verde pé, da rama florescente;
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por Deus o não idolatrara?

Se pois como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.

Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

-A Jesus Cristo nosso senhor
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Os tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido;
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.


Conclusão


Gregório se estabeleceu no Recocavo Bahiano e muito ambicioso por ser alguém na vida dedicou-se muito aos estudos diferente dos irmãos formou-se em direito. Mas depois de algum tempo sua vida mudou, acabou ficando víúvo caindo em desgraça porque a simpatia e os favores que tinha ganhado do Rei acabou por motivos de intrigas. Mas casou-se novamente só que um certo tempo resolveu abandonar tudo. Deslocando-se assim para Agola, retornou em 1695 estabelecendo-se em Pernambuco além disso deveria evitar as sátiras. No momento final de sua vida tornou-se devoto, não se tem uma data certa para quando ele faleceu . Vale ressaltar ainda que sua fama de poéta Barroco não só aqui no Brasil. Suas principais obras foram: A mesma Dº Angela e A Jesus Cristo nosso senhor .

Comentários:

Silvana - Apesar de ter uma vida conturbada, Gregório de Matos se tornou devoto e passou a criar poemas, o considero um poeta privilegiado por ter enfrentado todas as barreiras e no final ter todo esse reconhecimento.


Evelyn - Se formou em direitos, mas com o tempo jogou tudo pro alto ou seja desistiu da sua carreira e outros acontecimentos. Devido á esses ocorridos ele fez uma besteira em desistir de sua carreira, mesmo assim ele acabou virando um grande poeta.


Ducinéia - Gregório foi um homem que sempre lutou por seus objetivos pessoais e conseguiu assim subir na vida, tornou-se um grande satirico, resolveu abandonar tudo para viver outra vida.


Genice - Ele se dedicou muito aos estudos diferentes dos irmãos formou-se em direito. Acabou caindo em desgraça porque os favores que tinha ganhado do rei foi acabando por intrigas.

Padre António Vieira

Padre Antonio Vieira


Notável prosador e o mais conhecido orador religioso português, o Padre António Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, e faleceu na Baía em 1697. Aos seis anos vai para o Brasil com os pais e fixa-se na Baía. Em 1623 inicia o noviciado na Companhia de Jesus. Ordena-se sacerdote em 1635, exerce as funções de pregador nas aldeias baianas e começa a granjear notoriedade como pregador. Os primeiros sermões já reflectem as preocupações sócio-políticas de Vieira porquanto a colónia da Baía lutava contra as invasões dos holandeses. Em 1641, restaurada a independência, regressa a Portugal e cativa o favor de D. João IV. Por isso, inicia em 1646 missões diplomáticas na Europa. Volta ao Brasil em 1653, para o estado do Maranhão, depois de se envolver em questões relacionadas com a Companhia de Jesus.

Aí toma um papel muito activo nos conflitos entre jesuítas e colonos, como paladino dos direitos humanos, a propósito da exploração dos indígenas. No ano seguinte prega o " Sermão de Santo António aos Peixes ". É expulso do Maranhão pelos colonos, em 1661, e regressa a Lisboa. Em 1665 é preso em Coimbra pelo Tribunal do Santo Ofício sob a acusação de acreditar nas profecias do poeta Bandarra. Três anos depois é amnistiado e retoma as pregações em Lisboa. Em 1669 parte para Roma e obtém grande sucesso como pregador, combatendo o Tribunal do Santo Ofício. Regressa a Portugal em 1675; mas, agora sem apoios políticos e desiludido pela perseguição aos cristãos-novos (que tanto defendera), retira-se de vez para a Baía em 1681 onde se entrega ao trabalho de compor e editar os seus Sermões.

A sua prosa é vista como um modelo de estilo vigoroso e lógico, onde a construção frásica ultrapassa o mero virtuosismo barroco. A sua riqueza e propriedade verbais, os paradoxos e os efeitos persuasivos que ainda hoje exercem influência no leitor, a sedução dos seus raciocínios, o tom por vezes combativo, e ainda certas subtilezas irónicas, tornaram a arte de Vieira admirável.



Principais obras:

-Sermão da sexagésima
O Sermão da Sexagésima foi um dos mais famosos, entre tantos. Foi proferido na Capela real de Lisboa em março de 1655. Através dele, o pregador esmerou-se na retórica, contando com sua memória prodigiosa e rara habilidade no domínio da palavra.

As palavras de Vieira transformaram-no em um orador digno de fé e despertavam nos ouvintes uma paixão transformadora.

O sermão é um todo de 10 pequenos capítulos e é considerado seu mais importante sermão: uma crítica monumental ao estilo barroco, sobretudo ao Cultismo. Como foi pregado na Capela Real, em Portugal, podemos concluir que o auditório era particular, composto por católicos da nobreza portuguesa da época. O autor procura se aproximar do auditório dirigindo-lhe perguntas que ele mesmo, o autor, responde. O autor procurou no sermão a adesão do auditório à sua tese principal de que se não havia conversões em massa ao catolicismo na sua época era por culpa dos pregadores de então.

O tema do Sermão da Sexagésima é a “Parábola do semeador”, tirada do Evangelho segundo São Lucas: Semen est verbum Dei (A semente é a palavra de Deus). Neste sermão, o Padre Vieira usa de uma metáfora: pregar é como semear. Vieira resume e comenta a parábola: um semeador semeou as sementes que caíram pelo caminho, pelas pedras ou entre os espinhos. Apenas parte delas caiu em terra boa. Nele Vieira usa de uma metáfora: pregar é como semear. Traçando paralelos entre a parábola bíblica sobre o semeador que semeou nas pedras, nos espinhos (onde o trigo frutificou e morreu), na estrada (onde não frutificou) e na terra (que deu frutos), Vieira critica o estilo de outros pregadores contemporâneos seus (e que muito bem caberia em políticos atuais), que pregavam mal, sobre vários assuntos ao mesmo tempo (o que resultava em pregar em nenhum), ineficazmente e agradavam aos homens ao invés de pregar servindo a Deus. Vieira examina a culpa do pregador, considerando sua pessoa, sua ciência, a matéria e o estilo de seus sermões e sua voz.

No Sermão, seu autor interessava saber o motivo de a pregação católica estar surtindo pouco efeito entre os cristãos. Sendo a palavra de Deus tão eficaz e tão poderosa, pergunta ele, como vemos tão pouco fruto da palavra de Deus? Depois de muito argumentar, Vieira conclui que a culpa é dos próprios padres. Eles pregam palavras de Deus, mas não pregam a palavra de Deus, afirma. Dito de outra maneira, o jesuíta reclama daqueles que torcem o texto da Bíblia para defender interesses mundanos. No sermão proferido, o Padre também procura criticar a outra facção do Barroco, logo a utilizar o púlpito como tribuna política.

Padre Antônio Vieira, um mestre da persuasão, ensinava que “o sermão há de ser duma só cor, há de ter um só objeto, um só assunto, uma só matéria”. É a regra daunidade do discurso persuasivo.

Pe. Antonio Vieira empregava diversos elementos de retórica no sermão analisado e podemos afirmar que sua palavra produziu muito fruto, visto que sua obra se mantêm como pensamento válido depois de 300 anos de sua morte.

O assunto básico do sermão, à primeira vista, é a discussão de como é utilizada a palavra de Cristo pelos pregadores. Um olhar mais profundo mostra que o autor vai além do objetivo da catequese, adotando atitude crítica da codificação da palavra. Percebe-se, também, que o Sermão é usado como instrumento de ataque contra a outra facção do Barroco, representada pelos chamados cultistas ou gongóricos.


-Sermão de Santo Antonio aos peixes
O Sermão de Santo Antônio aos Peixes foi pregado em 13 de Junho de 1654 em São Luís do Maranhão, em 1654, três dias antes de embarcar escondido para Portugal no auge da luta dos jesuítas contra a escravização dos índios pelos colonizadores, procurando o remédio da salvação dos Índios. O sermão revela toda a ironia, riqueza nas sugestões alegóricas e agudo senso de observação sobre os vícios e vaidades do homem, comparando-o, por meio de alegorias, aos peixes.

Critica a prepotência dos grandes, que, como peixes, vivem do sacrifício de muitos pequenos, os quais "engolem" e "devoram". O alvo são os colonos do Maranhão, que no Brasil são grandes, mas em Portugal "acham outros maiores que os comam, também a eles".

Censura os soberbos (= roncadores); os pregadores (= parasitas); os ambiciosos (= voadores); o hipócritas e traidores (= polvos).

Na abertura do Sermão de Santo Antônio aos Peixes, a apresentação do tema de extração bíblica (Vos estis sal terrae) oferece oportunidade para o questionamento das causas da ineficácia da oratória sacra. A argumentação conceptista apóia-se no paralelismo sintático, na repetição anafórica das alternativas que servem de eixo básico do raciocínio: "Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra não se deixa salgar".

Conclusão

Pode se notar que a história do Padre antonio Vieira , fala sobreos acontecimentos que ocorreram naquela época.
Ele lutou muiito para que acreditassem na sua religiãomesmo com todos os acontecimentos que ocorreram nesta época superando todos os problemas. Conquistou varias obras fazendo com que o preconceito acabase, ele empregava diversos elementos de retórica no sermão. Queria defender os peixes pois eles fazemparte da bíblia, essa era a forma que ele usava para defender qualquer ser que sofria descriminação. Ele era um orador de fé e provocava amor e carinho no coração dos seres com suas palavras.


Comentários :

Silvana - Considero ele um guerreiro pois lutou até o fim para defender sua religião, tinha a ousadia de proteger tudo o que fazia parte de sua doutrina, mesmo que poucos acreditassem em seus principios e suportando toda a dificuldade de se expressar em um momento em que não se tinha muito poder de escolha.

Evelyn - Ele demonstrou que luta pelo seu objetivo, tanto é que correu atras, infrentou todos os problemas que o rodeavam e enfim conseguiu o que ele queria.

Ducinéia - Por ser um homem de fé religiosa procurou revolucionar alguns problemas de sua época do qual ele não concordava e ia contra sua fé, seu jeito de defender os que sofriam preconceito despertava do povo um carinho muito grande por ele.

Genice - O padre lutou bastante para a continuação de sua religião. O padre também queria defender os peixes, pois eles fazem parte da bíblia e qualquer descriminação e desmatamento.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Barroco no Brasil

Barroco no Brasil

O marco inicial do Barroco brasileiro é o poema épico, Prosopopéia de Bento Teixeira (1601). Há dúvidas quanto à origem do poeta, estudos literários recentes afirmam que ele nasceu em Portugal, porém viveu grande parte de sua vida no Brasil, em Pernambuco. PROSOPOPÉIA é um poema épico com 94 estrofes, que exalta Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania de Pernambuco. Bento Teixeira imita Camões de maneira infeliz, sua obra é cansativa e tem apenas valor histórico. CONTEXTO HISTÓRICO DO BARROCO BRASILEIRO O Barroco domina durante todo o século XVII e metade do século XVIII, até 1768. Na literatura desenvolveu-se na Bahia e nas artes plásticas (esculturas) em Minas gerais Com as obras do Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), e na pintura do Mestre Ataíde.



*Movimento artístico e filosófico que surge com o conflito entre a Reforma Protestante e a Contra Reforma. Seu objetivo era propagar a religião através de uma arte de impacto, sinuosa, enfeitada ao extremo.Arte altamente contraditória. A origem da palavra ?barroco? é obscura, hipóteses têm sido consideradas mais aceitáveis: ?barroco? era o adjetivo que designava certas pérolas de superfície irregular e preço inferior.De qualquer forma há um valor depreciativo na palavra, que durante muito tempo foi usada para indicar uma arte e uma literatura ?bizarra?, ?extravagante.? CARACTERÍSTICAS GERAIS DA LITERATURA BARROCA O homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar no céu.



Conflito existencial gerado pelo dilema do homem dividido entre o prazer pagão e a fé religiosa. Antropocentrismo x Teocentrismo (homem X Deus, carne X espírito). Detalhismo e rebuscamento- a extravagância e o exagero nos detalhes. Contradição- é a arte do contraditório, onde é comum a idéia de opostos: bem X mal, pecado X perdão, homem X Deus. Linguagem rebuscada e trabalhada ao extremo, usando muitos recursos estilísticos e figuras de linguagem e sintaxe, hipérboles, metáforas, antíteses e paradoxos, para melhor expressarem a comparação entre o prazer passageiro da vida e a vida eterna. Regido por duas filosofias: Cultismo e Conceptismo. Cultismo é o jogo de palavras, o uso culto da língua, predominando inversões sintáticas.



Conceptismo são os jogos de raciocínio e de retórica que visavam melhor explicar o conflito dos opostos. PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO BARROCO BRASILEIRO POESIA GREGÓRIO DE MATOS GUERRA nasceu em Salvador, em 1663, estudou em Coimbra, exerceu cargos de magistratura em Portugal até, 1681, quando voltou definitivamente para o Brasil, provavelmente fugindo de inimigos angariados por suas poesias satíricas. Na Bahia, voltou a sofrer perseguições devido a suas sátiras. Por isso ganhou o apelido de Boca do Inferno ou Boca de Brasa TEMAS DA POESIA GREGORIANA: POESIA RELIGIOSA: mostra o autor envolvido pelo sentimento de culpa e de arrependimento, implorando perdão. POESIA SATÍRICA: mostra a crítica severa de uma sociedade marcada pela mediocridade e pela desonestidade, nasce de um sujeito lírico que adota um ponto de vista conservador e preconceituoso. Seus poemas satíricos renderam-lhe o apelido de Boca do Inferno. POESIA ERÓTICA: mostra o uso de palavrões e alusões obscenas, mesmo em textos sutis onde a ambigüidade aparece repleta de safadeza. A PROSA BARROCA BRASILEIRA PADRE ANTÔNIO VIEIRA nasceu em Lisboa, em 1608, chegou ao Brasil e se instalou em Salvador, iniciando seu noviciado na Companhia de Jesus.Efetivou uma política de defesa dos cristãos ?novos, procurando protegê-los da Inquisição em Portugal. Sua extensa obra reflete seu envolvimento nos debates sociais e políticos de Portugal e do Brasil no século XVII.



Os sermões e cartas, além de temas especificamente religiosos também manifestam questões polêmicas da época como: a luta pela independência portuguesa,, o confronto com holandeses no nordeste, a escravidão índia e negra, a defesa dos judeus e cristãos-novos contra a intolerância da Inquisição. OBRAS: CARTAS E SERMÕES ? Sermão da Sexagésima , Sermão de Santo Antônio aos peixes e outros. Sua obra é notável pelo manuseio da expressão verbal, são textos riquíssimos em imagens, jogos de significado e conceitos, metáforas, e ricos em recursos lingüísticos. Para a literatura, sua importância foi fundamental. Vieira fixou a prosa na língua portuguesa nos mesmos padrões de realização artística a que Camões fixou a poesia, transformando-se num clássico da língua.
O mais conhecido sermão de Vieira, o Sermão da Sexagésima é uma conclusão de que a palavra de Deus vinha obtendo poucos resultados porque os pregadores estavam mais aplicados em obter efeitos literários do que moralizantes, o que transformava os sermões em vazios estéticos. Vieira compara a estrutura do sermão à estrutura de uma árvore ? ?a àrvore da vida?, onde as partes constituintes da àrvore, todas relacionadas às partes do sermão.(troncos, ramos,folhas, varas, flores, frutos) numa ordem simetricamente inversa a seguir(frutos, flores, varas, folhas , ramos e tronco. Lendo-se cuidadosamente percebe-se o ritmo das frases e a cadência do texto. Era uma peça para ser exposta oralmente.


Conclusão

Podemos notar que o marco do Barroco inicial nasceu em Portugal mas morou uma grande parte no Brasil. Denominava XVI e metade do século XVII até 1786 desenvolveu na Bahia em Minas Gerais, artes plásticas com as obras do Aleijadinho. A poesia Satirica mostraa critica severa de uma sociedade marcada pela mediocridade e pela desonestidade nasceu de um sujeito lirico que adota um ponto de vista conservador e preconceituoso.
A palavrabarroco erao djetio que designava certas pérolas de superficie irregular e preço inferior Durante muito tempo foi usado para indicar uma arte e uma literatura, Barroco o homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar no céu.


Comentários:

Silvana - Barroco tinha um estilo de vida próprio e que outros artistas passaram a seguir,foi muito corajoso pois se revelou e naquela época todos seguiam um só padrão, ele revolucionou a história da arte e da literatura.

Evelyn - O que aconteceu com barroco foi uma boa forma de aprendizado, fazendo com que ele aprendece como dividir as coisas por exemplo, como no caso dele separar religiões e assuntos que não convem.

Ducinéia - Barroco é uma obra que foi desenvolvida em Pernambuco mais originado em Portugal, esta obra tem esse nome por designar uma comparação entre o homem está dividido entre o prazer e a fé por exemplo. Ele sofreu muitos conflitos chegou até ficar fora do Brasil por algum tempo mais destacou grandes artistas.